Marcelo Damato https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br A paixão, o dinheiro e o poder que envolvem a Copa. E um pouquinho de bola... Sun, 15 Jul 2018 17:25:28 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Scout da Fifa mostra ‘jogo de compadres’ entre Japão e Polônia https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/29/scout-da-fifa-mostra-jogo-de-compadres-entre-japao-e-polonia/ https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/29/scout-da-fifa-mostra-jogo-de-compadres-entre-japao-e-polonia/#respond Fri, 29 Jun 2018 22:21:05 +0000 https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/Japão-x-Polônia-Toru-Hanai-28.jun_.18-Reuters-150x150.jpg http://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/?p=265 A Fifa liberou os dados do seu scout na primeira fase. A tabela da distância percorrida pelas equipes mostra que Japão e Polônia se pouparam visivelmente na partida que deu a vaga aos orientais e a única vitória aos europeus.

Segundo a Fifa, nos 48 jogos da fase, cada equipe correu em média 104 km por partida, entre o mínimo de 80 e o máximo de 116 km. Das 96 participações, 69 ficaram entre 100 e 110 km.

Só duas equipes correram menos de 89 km numa partida: o Japão (83 km), contra a Polônia, e a Polônia (80 km), contra o Japão. Nessa partida, a partir dos 28min do segundo tempo, os japoneses deixaram de atacar porque a Colômbia havia marcado um gol contra Senegal, o que os deixava em segundo lugar no grupo H. A Polônia, que vencia por 1 a 0, também não buscou o segundo gol, que desclassificaria os japoneses.

Não há evidência de que as decisões das duas equipes de se poupar tenham sido coordenadas. Mas é fato que a Polônia nesse jogo percorreu menos de 75% da média dos dois anteriores.

Na Copa em geral, houve bastante equilíbrio nesse quesito. A média de distância dos que se classificaram foi 1% inferior à dos que caíram fora: 103,4 km x 104,6 km. Dos 10 que mais correram, 7 foram eliminados.

O Brasil ficou numa posição intermediária, em 14º lugar (104,3 km/j).

A Alemanha, eliminada na primeira fase, e acusada de falta de empenho, foi a segunda equipe que mais correu: 112 km/j, atrás apenas da Sérvia. Na derrota para a Coreia do Sul, percorreu 115 km, a segunda maior marca da Copa.

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Brasil se reencontra e faz melhor partida https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/27/brasil-se-reencontra-e-faz-melhor-partida/ https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/27/brasil-se-reencontra-e-faz-melhor-partida/#respond Wed, 27 Jun 2018 20:08:19 +0000 https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/Neymar-finaliza-contra-o-goleiro-Stojkovic-na-vitória-sobre-a-Sérvia-Antonio-Calanni-27.jun_.18-AP-150x150.jpeg http://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/?p=241 Nos primeiros minutos, parecia que a tarde (aqui)/noite (lá) seria de sofrimento para jogadores e torcedores.

O lateral-esquerdo Marcelo, um dos destaques do time –e o único lateral da seleção original, após a perda de Daniel Alves– teve de ser substituído, por questões físicas. O aparente mistério sobre a causa piorou ainda mais os sentimentos.

Mas o fato é que Marcelo nem fez falta. Sem ele –não por causa disso–, o Brasil fez sua melhor partida neste Mundial.

Se na véspera, nas mesas-redondas, os jornalistas, quase em desespero, falavam em chance real de eliminação, a seleção jamais se desesperou e foi se impondo, passo a passo, sobre a Sérvia.

Se nos dois anteriores, jornalistas e torcedores cobravam mudanças no time, com a saída de Paulinho e Willian, foi o meia, que numa jogada típica, infiltrou-se e abriu o marcador. A partir dali, a Sérvia seria outra, com bem menos confiança.

No início do segundo tempo, a Sérvia, que precisava marcar 2 gols em 45min e não mais 1 em 90min, até fez uma certa pressão. Aí Tite trocou Paulinho por Fernandinho, o Brasil voltou a dominar o meio-campo.

Logo depois, Thiago Silva, que teve grande atuação, fez o segundo gol, num escanteio. O lance foi em parte coletivo. Miranda, na primeira trave, se enganchou com o centroavante Mitrovic, que protegia o setor, e os dois caíram. Thiago viu o espaço, se antecipou e finalizou.

Neymar teve uma atuação mais discreta do que nos primeiros jogos, mas fundamental. Mais aberto na ponta, tocou menos na bola e a segurou muito menos. com isso, todos os outros jogadores evoluíram.

Neymar não esteve num grande dia. Menos inspirado, foi disciplinado, focado e contido. Sofreu menos faltas e não reclamou nenhuma vez. Não fez firula e jogou em equipe.

E principalmente não chorou nem reclamou. E ninguém do Brasil reclamou.

Ainda não são o Neymar e o Brasil que se espera, mas ambos, enfim, parecem estar no caminho certo.

 

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Copa chega à metade sem 0 a 0 pela primeira vez desde 1954 https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/25/copa-chega-a-metade-sem-0-a-0-pela-primeira-vez-desde-1954/ https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/25/copa-chega-a-metade-sem-0-a-0-pela-primeira-vez-desde-1954/#respond Mon, 25 Jun 2018 08:05:26 +0000 https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/selecao-brasileira-perfilada-antes-de-partida-na-copa-do-mundo-disputada-na-suecia-Arquivo-Folha-Imagem-150x150.jpg http://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/?p=170 A Copa da Rússia é a primeira desde 1954 a não registrar empates sem gols nas duas primeiras rodadas. E nos cinco primeiros mundiais, entre 1930 e 1954, não aconteceu nenhum jogo sem gols.

Como as duas primeiras rodadas contêm a metade dos jogos (32 em 64), ou este Mundial será o primeiro a registrar um 0 a 0 na somente segunda metade, ou será o primeiro em 16 edições a não ter nenhum.

O primeiro jogo sem gols em Copas do Mundo envolveu o Brasil. Na segunda rodada da Copa de 1958, a seleção empatou com a Inglaterra em Gotemburgo (SUE). Após a decepção com o desempenho, o técnico Vicente Feola promoveu dois atacantes reservas para o jogo seguinte: Pelé e Garrincha.

Desde então aconteceram mais 68 jogos com esse resultado. Nas últimas três competições, foram registrados sete em cada.

A má notícia é que, para a média de gols de cada Copa, o número de 0 a 0 não conta muito. A Copa da Rússia tem até aqui 2,66 gols/jogo, média inferior ao Mundial do Brasil no mesmo número de partidas e levemente superior à média desde 1998 (primeiro ano com 32 seleções).

Se não tem 0 a 0, este Mundial tem grande número de jogos em que só um time marca. Dos 32, em 17 (53%), uma das torcidas saiu sem comemorar gol. E ninguém tem desperdiçado oportunidades de festejar. Na goleada sofrida para a Inglaterra, a torcida do Panamá celebrou muito o gol da sua equipe, que já tinha levado 6.

O que parece estar mais ligado à seca dos 0 a 0 é a redução de empates. Das seis edições do Mundial com 32 seleções, esta é a que tem menos resultados iguais nos primeiros 32 jogos: foram 5, menos de 16% do total. A média das edições entre 1998 e 2014 é 8,2 (25,2%). Em 1998, houve 11, cerca de 35%.

 

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Gol da Suíça expõe queda do poder da CBF dentro da Fifa https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/18/gol-da-suica-expoe-queda-do-poder-da-cbf-dentro-da-fifa/ https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/18/gol-da-suica-expoe-queda-do-poder-da-cbf-dentro-da-fifa/#respond Mon, 18 Jun 2018 12:01:14 +0000 https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/Zuber-faz-o-gol-da-Suíça-contra-o-Brasil-Marko-Djurica-17.jun_.18-Reuters-150x150.jpg http://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/?p=77 A polêmica surgida em relação ao lance que gerou o gol da Suíça deixou claro um ponto: o Brasil nunca esteve tão órfão dentro da Fifa, ao menos nos últimos 60 anos.

Desde que Ricardo Teixeira deixou a presidência da CBF, em 2012, o poder brasileiro dentro da entidade-mãe começou a cair. Depois da operação do FBI, em 27 de maio de 2015, que prendeu o ex-presidente José Maria Marin e deixou o então presidente Marco Polo Del Nero acorrentado ao Brasil, a queda se acentuou.

O recente episódio envolvendo o atual presidente, o coronel PM Antonio Nunes, na escolha da sede da Copa de 2026, rebaixou a CBF a uma entidade da periferia da bola na hierarquia política de Zurique. Para alguns virou quase um pária.

E quando acontece um problema como o deste domingo, o que fazer? Como pode reclamar a pessoa que quebrou um acordo e na última hora votou não só contra os interesses dos seus pares americanos, mas contra os da própria direção da Fifa? Como pode ser levada a sério uma pessoa que, ao justificar seu voto, parecia uma criança acuada? Como um dirigente que está sendo escondido por seus próprios subordinados na Rússia pode encaminhar uma reclamação?

E não há como pensar que isso não tem importância. Numa entidade com forte caráter político como a Fifa, todo naco de poder é importante. Como em qualquer atividade humana, a política tem peso no esporte.

Não é só por vaidade, diárias e passagens que as federações nacionais disputam todos os cargos em todas as comissões. Ricardo Teixeira nunca gostou muito de futebol, mas sempre ocupou um posto na comissão de arbitragem e por algum tempo foi seu vice-presidente.

O futebol é obviamente jogado e decidido pelos times e pelos jogadores. Menosprezar o papel de craques como Pelé, Garrincha, Romário e Ronaldo –só para falar de alguns brasileiros– é impossível. Quando não há situações-limite, só isso importa. Mas, com alguma frequência, há decisões difíceis. Os árbitros, em geral, tentam acertar sempre, mas não ignoram quais são as equipes politicamente mais fortes.

Não foi por coincidência que o Brasil ganhou as três primeiras Copas após a chegada à CBD (hoje CBF) de João Havelange, que em seguida viraria presidente da Fifa por 24 anos. Havelange não fez gol, mas não desgrudava dos poderosos, até se tornar o maior de todos –de todos os tempos.

De 1958 a 2014, foram muitos os episódios em que o Brasil foi beneficiado nos jogos e fora dele –Garrincha, o craque da Copa de 1962, só disputou a final graças a uma manobra na comissão disciplinar; em 1970, o local de uma semifinal foi mudado para atender a pedido do Brasil. Em sentido contrário, foram bem menos comuns.

A partir de 1989, esse poder se reforçou. Teixeira, que chegou à CBF como um ET, logo mostrou-se um disciplinado pupilo de Havelange. Colocava a si mesmo e a aliados brasileiros em todas as comissões que conseguia. Em 2002, em pelo menos dois jogos, os erros do árbitro beneficiaram a seleção. E não se está atribuindo as conquistas a isso, claro.

Depois de Teixeira, porém, a história mudou. É verdade que a ação do FBI, 41 dias após a posse de Marco Polo Del Nero, cortou a cadeia de passagem de poder do Brasil dentro da Fifa. De uma tacada só, Teixeira, Marin e Del Nero ficaram afastados da entidade.

Mas não há como negar que o comportamento de Marin e Del Nero foi a maior causa dessa queda. Na presidência de Marin, era Del Nero que tinha cargos na Fifa. Era mais conhecido pela idade e curvas das namoradas que levava do que pelo trabalho na entidade. O posterior sumiço dele, pelo medo de ser preso no exterior, prejudicou a CBF ainda mais.

E, para coroar, Del Nero inventou Nunes como seu sucessor temporário, apenas para impedir que um vice rebelde tomasse posse em caso de seu afastamento. E Nunes logo se revelou uma fonte quase infinita de constrangimento. E só tem piorado.

Agora, surge mais uma consequência previsível dessas decisões desastradas.

No código de honra dos jogadores, está não esperar por ajuda da arbitragem, mas ter a confiança de não serem prejudicados. Para que os brasileiros se preocupem apenas em jogar bola, eles precisam acreditar que suas costas estão protegidas.

Pela primeira vez em muitas Copas, isso pode não estar acontecendo.

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Seleção da Argentina enfrenta hoje o verdadeiro País do Futebol https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/16/selecao-da-argentina-enfrenta-hoje-o-verdadeiro-pais-do-futebol/ https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/16/selecao-da-argentina-enfrenta-hoje-o-verdadeiro-pais-do-futebol/#respond Sat, 16 Jun 2018 10:20:57 +0000 https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/Seleção-da-Islândia-se-classifica-para-a-Copa-Haraldur-Gudjonsson-9.out_.17-AFP-150x150.jpg http://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/?p=52 Imagine que você more num desses quatro bairros da zona norte de São Paulo mais pertos do centro: Casa Verde, Santana, Vila Guilherme e
Vila Maria. E que um dia com amigos decidam criar uma liga de futebol.

A população total dessa região, bem menor do que a do distrito do Grajaú, na zona Sul, se colocaria entre 70° e 75° lugar no ranking das cidades brasileiras, perto de Blumenau (SC), Franca (SP), Vitória da Conquista (BA) e Pelotas (RS), cerca de 340 mil pessoas, 10% da população do Uruguai.

Mas em vez de morar mesmo em São Paulo, pense que todos os habitantes dessa região morem num espaço bem maior. Em vez de 38 km², são 115 mil km², não apenas maior que a cidade de São Paulo, mas de fato 15 vezes o tamanho de toda a Região Metropolitana, onde há 39 municípios e vivem mais de 21 milhões de pessoas.

Com os moradores tão espalhados, e num lugar quase sem pobreza, não haveria grandes problemas de trânsito e segurança –nem greves de caminhoneiros. Os desafios seriam outros.

Nesse lugar faz frio. A temperatura oscila entre 9 e 14 graus Celsius. No verão. No inverno, mais comprido, ela chega a -2°C e raramente sobe acima de +3°C. Em janeiro, o sol nasce às 11h e se põe às 16h. Os ventos são normalmente fortes. E o futebol é jogado ao ar livre.

Imagine que essa área não fique num continente, mas numa ilha, fazendo que qualquer conexão com outros territórios, pessoas e times precise se dar pelo ar, principalmente, ou pela água, com essas condições de clima já mencionadas.

E para animar, de vez em quando um dos 18 vulcões ativos do país (130 no total) resolve dar o ar da graça, e suas cinzas fecham o único aeroporto internacional, praticamente isolando o lugar do mundo.

Com essa população –a capital tem 110 mil habitantes-, esse clima e esse isolamento, seria impossível criar uma liga de futebol profissional. Logo os jogadores que não conseguissem atuar em outros países seriam amadores ou semiamadores. E a comissão técnica também. O melhor técnico poderia ser, por exemplo, dentista. Todo mundo treinaria em meio período ou depois do trabalho.

E, finalmente, se um dia, depois da pelada, entre uma cerveja e outra (gelada, naturalmente), alguém propusesse:

“Ei pessoal, e se a gente montasse um time para a Copa do Mundo?”

Por isso, dependendo do resultado do jogo de logo mais, chame os amigos e tente marcar um jogo:

Associación de Fútbol Argentino
Viamonte, 1366, Buenos Aires, Argentina
selecciones@afa.org.ar

Os hermanos podem até topar, já que vocês não são cidadãos do verdadeiro País do Futebol, a Islândia.

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Rússia é a última chance para Cristiano Ronaldo e Messi https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/15/russia-e-a-ultima-chance-para-cristiano-ronaldo-e-messi/ https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/2018/06/15/russia-e-a-ultima-chance-para-cristiano-ronaldo-e-messi/#respond Fri, 15 Jun 2018 14:25:55 +0000 https://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/Cristiano-Ronaldo-Pavel-Golovkin-28.jun_.17-Associated-Press-150x150.jpeg http://marcelodamato.blogfolha.uol.com.br/?p=39 Cristiano Ronaldo, 33, o maior jogador deste século, inicia hoje a que deve ser a sua última Copa do Mundo. Na próxima terá 37.

Lionel Messi, 30 (quase 31), o maior jogador deste século, inicia amanhã o Mundial que ele já anunciou que será seu último. No Qatar, terá 34-35.

Não há erro. Cada um, ao seu modo, é o maior. E na Rússia provavelmente será a última oportunidade de se encontrar uma resposta única.

Nessa disputa individual, Messi e Cristiano vêm compartilhando o topo há dez temporadas. Um eventual desempate no Prêmio Fifa sem uma Copa junto não vai decidir nada.

No voto popular, também não haveria resposta. O número de fãs de Cristiano Ronaldo é muito maior -323,3 milhões de seguidores no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube, 76% a mais que Messi. Mas a disposição do português para se comunicar também é.

Como jogador de seleção, Cristiano Ronaldo (150 jogos, 81 gols) foi muito mais longe do que qualquer patrício. Não apenas superou os maiores ídolos do país, Eusébio (64j, 41g, semifinalista da Copa de 1966) e Figo (127j, 32g), como levou Portugal a um patamar inédito.

Em 2004, com 19 anos, foi vice-campeão da Euro em casa, um feito notável com um sabor agridoce, pois a derrota na final foi para a Grécia. Em 2016, aos 31, foi o dono do time e da taça, ainda que tivesse que sair no começo da decisão. Em Copas, ainda está devendo.

Nesta Copa, a cena se repete. CR7 é o time.

A trajetória de Messi é quase o oposto.

Com desempenho muito superior a Maradona em clubes, Messi é uma pulga comparado a Pelusa quando se trata de seleção. Em quatro Mundiais, Maradona (91 jogos, 34 gols) foi campeão e vice, em ambas carregando companheiros nas costas. Messi (124j, 64g) chega ao seu quarto mundial, com apenas um vice e muita frustração – no seu período, nem na Copa América a Argentina consegue passar de vice. Sua maior conquista é o ouro olímpico em Pequim-2008 –quase dez anos atrás

Para piorar, a Argentina chega à Rússia em sua pior fase desde o começo dos anos 70.

Nunca dois jogadores disputaram o topo por tanto tempo em tamanho equilíbrio. Só uma Copa do Mundo pode decidir quem é melhor.

Mas o mais provável é que nenhum dos dois vença.

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