Desde 1994, só o Brasil escapa do vexame dos campeões na Copa
Os três últimos campeões campeões mundiais caíram na primeira fase da Copa seguinte, Itália em 2010, Espanha em 2014 e Alemanha neste Mundial. Falou-se muito disso desde o último vexame. Mas não foram só eles. Desde que a Alemanha, campeã de 1990, avançou na Copa de 1994, só o Brasil passou como campeão da fase de grupos na Copa seguinte. A França que levantou a taça em 1998, também fracassou em 2002.
O fracasso francês provocou até uma mudança no regulamento da Copa. A partir de 2002, o campeão deixou de ter vaga garantida no Mundial seguinte. A avaliação era que não disputar as eliminatórias enfraquecia os campeões. Pelo jeito, não a mudança não adiantou muito.
O próprio Brasil já experimentou o gosto amargo do vexame. Na Copa de 1966, na Ingaterra, o Brasil, bicampeão em 1958 e 1962, caiu na primeira fase. Na época, a campanha foi muito criticada pela desorganização e pelas pressões políticas sobre a convocação. O Brasil chegou a ter duas seleções (cada uma com dois times formados), que excursionavam pelo mundo, num total de 44 jogadores.
A bagunça perdurou por mais dois anos, até que primeiro João Saldanha e depois Zagallo montaram a estrutura e a equipe que ganhariam o tri no México, em 1970.
Houve outras duas seleções campeãs que não chegaram à segunda fase da Copa seguinte. Em 1934, o Uruguai nem disputou o Mundial. Boicotou a competição em retaliação ao esvaziamento da Copa de 1930, que organizara e vencera. Em 1950, a Itália, bicampeã em 1934 e 1938, caiu na fase de grupos.
Depois do Brasil, em 1966, o primeiro campeão a cair cedo foi a França.
Para tentar quebrar essa escrita, na preparação para a Copa de 2018, um dos principais pontos levados pela comissão técnica alemã foi a renovação da equipe. Mas isso é o tema para um outro post.