E o VAR tirou o Oscar de Neymar

É preciso reconhecer. Se há algo em que o fenomenal Neymar é realmente excepcional, é decididamente na simulação.

Desde os primeiros anos no Santos, Neymar é um mestre na arte de iludir os olhos. Sua percepção espaço-temporal é quase sobrenatural. Sua coordenação motora ultrafina para adaptar o seu próprio movimento ao do seu adversário é algo quase divino.

Ou demoníaco. Porque simulação não faz parte do jogo.  A trapaça vai contra o próprio espírito do futebol.

Se sua habilidade com a bola encanta os amantes do esporte no mundo inteiro, sua insistência em se atirar irrita não só os adversários e os árbitros, e também os torcedores. Esse misto de encanto e raiva, em mãos hábeis, vira meme, vira piada.

Nesta Copa, surgiram a cabra do Neymar, o cachorro do Neymar, o pebolim do Neymar, a avó do Neymar e até o irmão preso do Neymar. Todos se atirando rolando no chão, sem que ninguém os toque.

Se Neymar será algum dia o melhor jogador do mundo, não se sabe. O que é certo é que ele é o maior cai-cai de todos os tempos.

Mas seus dias como o maior ator dos gramados estão contados. Neymar pode enganar os olhos humanos, mas não as lentes “varianas”.

O VAR acabou com uma das duas genialidades de Neymar. Agora ele vai ter de se contentar em apenas jogar futebol.

Vai ser difícil. Mas confiamos que ele vai conseguir.

(e não é que ele já fez um gol?)

 

Em tempo: é óbvio que não foi pênalti (uma mãozinha daquelas não segura nem a mim), como não tinha sido pênalti no Gabriel Jesus. No Miranda, foi falta, mas nesta Copa não estão marcando esse tipo de lance.